Um médico cardiologista foi preso pela Polícia Civil (PC) após ser encontrado com cães mortos e congelados no freezer da casa dele em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos do Rio. A operação foi realizada pela PC, em conjunto com a Secretaria do Ambiente e Saneamento de Arraial do Cabo (SEMAS).
O caso aconteceu nessa terça-feira (29), no bairro Canaã e, conforme a PC, o local estava “uma verdadeira cena de horror”. A ação foi batizada de ‘Operação Liberandum’ e entre os animais estavam cães adultos e filhotes embalados em sacos pretos dentro do freezer.
Conforme o delegado do caso, a investigação teve início após uma denúncia via WhatsApp e, além dos animais mortos, a polícia encontrou dez vivos, sendo seis cães e quatro gatos, em situação de abandono.
Na suíte da casa, quatro gatos foram localizados trancados dentro do banheiro, também em meio à sujeira e comida estragada. Ainda no imóvel, foram encontradas substâncias que aparentam ser anestésicos de uso comum entre cirurgiões-dentistas, o que levantou novas suspeitas sobre outras possíveis irregularidades.
Segundo a polícia, o homem tinha cargo de médico cardiologista em um posto de saúde no bairro Sobradinho, na cidade de Araruama. Ele foi preso enquanto se preparava para ir trabalhar. A prefeitura da cidade disse que o médico envolvido no caso “foi demitido em 2021 e é vinculado ao programa ‘Mais Médicos’, do governo federal”.
“A Secretaria de Saúde já comunicou formalmente o Ministério da Saúde sobre o ocorrido e aguarda retorno para que as medidas cabíveis sejam adotadas o quanto antes”, disse a prefeitura em nota.
A operação ainda contou com apoio da equipe de fiscalização do Grupamento Operacional Ambiental e Marítimo (GOPAM) e da Secretaria de Segurança Pública, via Proeis.
A Prefeitura de Arraial do Cabo lembra que denúncias de crimes ambientais podem ser feitas, de forma anônima, pelo WhatsApp (22) 99936-1255 — canal disponível 24 horas por dia. Também é possível registrar boletim de ocorrência nas delegacias da cidade ou entrar em contato com o Ministério Público, por meio da Promotoria de Justiça do Meio Ambiente. A Polícia Civil segue investigando.