Um ataque terrorista deixou ao menos 26 pessoas mortas nesta terça-feira (22) na região da Caxemira, na Índia. Segundo as autoridades de segurança, homens armados abriram fogo contra turistas em Pahalgam, a cerca de 90 quilômetros de Srinagar, região de maioria muçulmana dividida entre Índia e Paquistão.
À AFP, uma fonte da segurança afirmou que entre os feridos havia turistas estrangeiros. Porém, a informação não foi confirmada oficialmente. Autoridades classificam a ofensiva como o pior ataque contra civis na Índia em 25 anos.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, condenou o que chamou de “ato hediondo” e prometeu que os agressores “serão levados à Justiça”. O chefe do governo regional, Omar Abdullah, assinalou que o número de vítimas fatais “ainda está sendo verificado”, mas acrescentou que o ataque era “muito maior que qualquer um dirigido contra civis nos últimos anos”.
Uma testemunha afirmou que os terroristas “saíram da mata perto de um pequeno campo aberto e começaram a atirar”. “Evitavam claramente as mulheres e seguiam atirando nos homens, às vezes com um único tiro e às vezes com várias balas, foi como uma tempestade”, disse sob condição de anonimato.
Ataque aconteceu durante visita do vice-presidente dos EUA à Índia
O ataque ocorreu durante a visita do vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, ao país. Ele está na Índia com a esposa e os filhos para uma agenda de quatro dias. Na segunda-feira (21), um dia antes do massacre, ele se reuniu com Modi em Nova Delhi.
“Usha (esposa) e eu expressamos nossas condolências às vítimas do devastador ataque terrorista em Pahalgam, na Índia. Nos últimos dias, ficamos maravilhados com a beleza deste país e de seu povo. Nossos pensamentos e orações estão com eles enquanto lamentam este terrível ataque”, escreveu J.D. Vance no X (antigo Twitter).
O presidente Donald Trump também declarou seu “apoio total” ao país indiano em uma conversa com Modi por telefone. Na rede social Truth Social, ele ainda afirmou que “os Estados Unidos estão firmemente com a Índia diante do terrorismo”.
Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque, mas rebeldes na região do Himalaia, que buscam a independência ou a união com o Paquistão, travam uma disputa desde 1989. A Índia regularmente culpa o Paquistão por apoiar os grupos armados por trás do embate. Islamabad nega essas acusações e afirma que apenas apoia a luta da Caxemira por autodeterminação.
*Com informações de AFP
