Presidente do PL em Minas, chama Alexandre de Moraes de ‘criminoso’
Em entrevista à Itatiaia, Domingos Sávio afirmou que ministro do Supremo Tribunal Federal comete crime de abuso de poder nas conduções do processo dos atos antidemocráticos
Publicado em 24/04/2025 07:19
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O presidente do PL em Minas Gerais, deputado federal Domingos Sávio, afirmou nesta quarta-feira (23) que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, “está entre os criminosos” por, segundo o parlamentar, cometer abuso de autoridade. As declarações foram dadas à Itatiaia, em entrevista ao programa ‘Chamada Geral’, em meio às discussões sobre uma possível anistia aos condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

O deputado acusou Moraes de agir com motivação política. “O Alexandre de Moraes quer condenar o Bolsonaro por golpe de estado, e é por isso que ele insiste em condenar pessoas inocentes com essa tese. Se eu não gosto do Bolsonaro eu não voto nele, agora, por na cadeira, por inocentes e rasgar a constituição brasileira e é isso que vergonhosamente o STF vem fazendo”, disparou.

“Portanto, respeito muito o STF e por isso digo que Alexandre de Moraes hoje está entre os criminosos porque comete o crime de abuso de autoridade por uma obsessão de condenar Jair Bolsonaro”, disse.

Anistia

Sávio afirmou ainda que os deputados que apoiam o projeto de anistia que tramita na Câmara articulam para que o texto seja votado em maio.

“Nós entendemos que o presidente Hugo Motta, que está fazendo uma gestão equilibrada, conduza isso cumprindo o compromisso dele. Disse que havendo maioria, respeitaria. Acho que temos que programar isso para o mês de maio, porque tem pessoas sofrendo, com risco de vida. O STF errou e já reconhece através de alguns ministros. Mas não tem como voltar atrás e não tem como recorrer. Só o Congresso Nacional pode fazer justiça”, afirmou.

Segundo o parlamentar, o projeto deve ser conduzido com “prudência” e busca pacificar o país: “Vamos ter a paciência de construir um ambiente para votar uma anistia humanitária. É uma chance de pacificar o Brasil”, opinou.

Domingos Sávio argumentou também que a medida não seria um “perdão generalizado”, mas que deveria alcançar os que, segundo ele, foram condenados injustamente pelo STF. “Defendo que a anistia seja dada com relação às penas do STF, mas aquele indivíduo que quebrou, depredou, estará sujeito a ter uma ação movida contra ele na instância adequada, como é o tratamento que deve ser dado a este tipo de crime. Não é ignorar, é dar uma pena nos limites adequados”, disse.

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