Zema diz que aposentados do INSS foram ‘roubados pelo PT’ e cobra de Lula demissão de Lupi
Com camisa preta simbolizando ‘luto’ nas redes sociais, governador de Minas Gerais cobra do presidente Lula a demissão de Carlos Lupi: ‘está com medo de que?”
Publicado em 02/05/2025 07:42
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O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou nesta quinta-feira (01), em um vídeo publicado em suas redes sociais, que o Brasil está “de luto” pela fraude no INSS. Na postagem, Zema relacionou o escândalo ao PT e cobrou do presidente Lula a demissão do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT).

“Hoje era para o Brasil estar celebrando o Dia do Trabalhador, mas na verdade está de luto. Porque quem trabalhou a vida inteira foi roubado. Foram 6 bilhões de reais da sua aposentadoria. Sabe para quê? Para comprar joia, para comprar obra de arte, para comprar carrão tipo Porsche e Ferrari”, inicia a postagem, que é antecedida pela legenda: “1 de Maio de Luto pelos aposentados roubados pelo PT”.

Na sequência, o governador, que ainda trocou sua foto de perfil para um símbolo de luto e trajou uma camisa preta, questiona o porquê de o presidente Lula ainda não ter demitido Lupi e sugere que o esquema pode chegar até pessoas próximas ao petista.

“E o que o Lula fez até agora? Nada. O Lupi continua ministro da Previdência. Como é que o Lula não demite o ministro que deixa roubar os aposentados? O Lula está com medo de que as investigações cheguem a mais companheiros dele? Eu não me calo. Vamos juntos acabar com essa quadrilha”, finaliza.

Fraudes no INSS

No dia 23 de abril, a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram uma ação contra uma quadrilha suspeita de descontar indevidamente o equivalente a R$ 6,3 bilhões dos salários de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). As ações foram simultâneas em vários estados, incluindo Minas Gerais.

Segundo as investigações, as irregularidades eram relacionadas aos descontos de mensalidades associativas aplicados sobre benefícios previdenciários.

Apesar de Zema relacionar apenas o presidente Lula ao escândalo, de acordo com a PF, a fraude começou no ano de 2019 - quando o presidente era Jair Bolsonaro (PL) - e foi até 2024 - no governo petista.

Lupi nega omissão

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), defendeu a prisão dos envolvidos no esquema e negou ter se omitido na investigação sobre o caso.

“Quem tem a verdade como instrumento de vida, não teme nada. Quem fez errado, que a polícia prove e que vá para a cadeia. Nós não estamos aqui para acobertar ninguém que tenha roubado dinheiro do nosso aposentado e pensionista”, afirmou, durante audiência na Comissão de Previdência e Assistência Social da Câmara.

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