O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), acionou neste sábado (3) a Procuradoria-Geral da República (PGR) para barrar a posse do ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva empossou Wolney Queiroz, na noite de sexta-feira (2), horas depois de Carlos Lupi apresentar o pedido de demissão.
Antes de ser empossado, Queiroz era secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, que está no meio de uma crise, por conta do esquema de fraude, que teria desviado R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas do INSS, segundo investigação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU).
Em uma rede social, Sóstenes afirmou que Queiroz participou de uma suposta reunião em que o governo teria sido alertado sobre as fraudes.
Na avaliação do líder do PL, o novo ministro da Previdência Social pode ter cometido o crime de prevaricação.
“Wolney Queiroz esteve presente na reunião em que o governo foi alertado sobre as fraudes de R$ 6,3 bilhões no INSS — e nada fez. Agora, assume o comando do mesmo ministério? Estou protocolando representação na PGR pedindo investigação e o afastamento imediato por omissão e possível prevaricação”, afirmou Sóstenes.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) acionou a Justiça Federal de Brasília para barrar a posse de Wolney Queiroz. Na ação, a senadora alega que a nomeação “viola os princípios da moralidade administrativa e constitui desvio de finalidade”.
O QUE DIZ CARLOS LUPI
Em uma rede social, o ex-ministro Carlos Lupi afirmou que tomou a decisão com a certeza de que o nome dele não foi citado em nenhum momento nas investigações que apuram possíveis irregularidades no INSS.
Lupi destacou, ainda, que todas as apurações foram apoiadas, desde o início, por todas as áreas da Previdência, por ele e pelos órgãos de controle do governo Lula.
RESSARCIMENTO DAS VÍTIMAS
A proposta de ressarcimento aos aposentados e pensionistas vítimas de golpe bilionário do INSS deve ser apresentada pelo Governo Federal na próxima semana.
A informação foi confirmada na sexta-feira (2) após reunião do presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, e o advogado-geral da União, Jorge Messias.
Segundo informações do Governo Federal, o plano de ressarcimento está em fase final de elaboração e deverá ser submetido à análise da Casa Civil da Presidência da República, na próxima semana, para posterior apresentação ao Conselho Nacional de Justiça, ao Ministério Público Federal e à Defensoria Pública da União.
