Frequentemente esquecida na mesa do brasileiro, a semente de girassol começa a conquistar espaço como superalimento funcional . Comprovadamente rica em vitamina E , selênio, magnésio e ácidos graxos essenciais, ela tem despertado o interesse da comunidade científica e de profissionais da saúde pelos seus efeitos protetores contra o envelhecimento precoce e doenças crônicas.

Segundo a Associação Brasileira de Nutrição Funcional, o consumo do alimento aumentou 42% nos últimos dois anos. “A vitamina E atua como um escudo molecular, protegendo as membranas celulares contra danos causados pela exposição a poluentes e radiação UV”, afirma a dermatologista Camila Ferreira ao Click Grátis. A substância está diretamente ligada à prevenção de rugas e ao fortalecimento da barreira cutânea.

Além dos benefícios estéticos, estudos da Universidade de São Paulo apontam que duas colheres de sopa do grão podem suprir até 80% das necessidades diárias de vitamina E. Essa ação antioxidante se estende a todo o organismo, retardando o envelhecimento de tecidos e órgãos.

O potencial da semente vai além da estética. Pesquisas da UFRJ e do Instituto Nacional de Câncer relacionam seu consumo à redução de riscos de câncer de próstata, cólon e pulmão, graças à ação protetora do selênio sobre o DNA. Já o Journal of Nutrition and Cognitive Health observou melhora de até 23% na função cognitiva com o consumo regular.

Outro destaque é a ação anti-inflamatória e cardiovascular. Compostos fenólicos presentes nas sementes ajudam a controlar inflamações e equilibrar o colesterol, enquanto o magnésio contribui para a regulação da pressão arterial e do ritmo cardíaco. Estudo da Sociedade Brasileira de Cardiologia mostrou que o consumo frequente está ligado a uma redução de 28% nos casos de hipertensão.

Na alimentação, sua versatilidade é um diferencial. Pode ser consumida em saladas, iogurtes, vitaminas e como cobertura para pães e bolos, além de sua versão em pasta — a manteiga de girassol. Para melhor absorção da vitamina E, recomenda-se o consumo com alimentos fontes de gordura saudável, como abacate ou azeite de oliva.

Pesquisas seguem avançando. Um extrato concentrado está em fase de testes na Universidade Federal de São Paulo com promissores resultados anti-idade. A indústria de suplementos também aposta nas sementes, prevendo crescimento expressivo nos próximos anos.